Dia 10
Sveti Stefan (Budva) - Kotor - Dubrovnik - Spli
315 km
315 km
Arrumámos tudo na mota e aproveitamos aquela luminosidade da manhã para tirar algumas fotografias.
Nessa manhã, a imagem de Sveti Stefan envolvida numa ténue neblina, parecia retirada de um filme de fantasia...!
É de facto muito bonito...!
Saímos de Sveti Stefan por volta das 8:00h.
Pouco depois, atravessámos Budva e, já na estrada para Kotor, deparámos-nos com este aeroporto mesmo junto à estrada.
Pouco tempo depois entrámos numa das estradas mais bonita de toda a viagem.
Mas logo no início, e pela primeira e única vez em toda a viagem, sou mandado parar pela policia.
Cordialmente o policia montenegrino pergunta-me se falo inglês ao que respondo que sim, e então pede-me que acenda os médios já que circulava com eles desligados.
Explico-lhe que é meu hábito circular sempre de luzes acesas e que me devo ter esquecido de as ligar quando parei para instalar a câmara de filmar na mota.
Trocámos mais algumas palavras e desejou-me boa viagem.
As imagens que tenho retidas na minha memória, da estrada que se segue, são incríveis...!
É tudo, inexplicávelmente bonito...!!!
A estrada percorre toda a Baía de Cátaro, famosa pelos seus fiordes, e únicos no Mediterrâneo.
Não se consegue descrever a beleza destas paisagens...!
A baía está repleta de pequenas povoações, todas elas com o seus cais, barcos e pequenas praias, sempre com gente.
Kotor ou Cátaro (historicamente conhecida pela designação italiana de Cattaro) é uma vila e porto natural situado ao fundo na baía.
É, também, um destino turístico muito conhecido e bem frequentado...!
A entrada para a cidade antiga e fortaleza ou castelo de Kotor.
Kotor também tem porto para barcos de grande porte, tendo inclusivamente ferrys.
A cidade e a região fez parte, entre 1420 e 1797, da República de Veneza, período que influenciou de forma ainda hoje visível a arquitectura da cidade.
A sua estrutura urbana, típica das cidades marítimas da costa oriental do Adriático, é circundada por uma imponente cintura de muralhas, que permanece bem conservada.
Nesta zona, a oferta de fruta e legumes é grande, sendo variada e de qualidade.
A quantidade de grandes yates e veleiros na marina de Kotor era apreciável.
As portas da cidade na muralha.
O artesanato estava muito presente no comércio local.
No interior das muralhas, logo após as suas portas, existiam várias esplanadas onde acabámos por tomar o pequeno-almoço numa delas.
Estávamos à 10 dias em viagem e uma simples, mas significativa, mensagem enviada pelo nosso filho mais novo, o Pedro, deixou-nos com lágrimas nos olhos...
Afinal sempre eram 10 dias de viagem e mais uns quantos de preparativos...e as saudades começavam a apertar forte...
Na parte nova de Kotor, o ambiente era descontraído com muita gente na rua.
Várias actividades culturais estavam anunciadas por toda a parte.
Em Kotor encontrámos a coluna de jipes e veículos todo-o-terreno do "Trans Adriátic" que também me deixou água na boca..
Deixámos Kotor muito bem impressionados com o que vimos e continuámos viagem com destino a Dubrovnik.
A névoa ligeira que se fazia sentir na altura também ajudou a criar um ambiente com uma certa mística...!
Eram na verdade paisagens impressionantes pela sua beleza!
A estrada que percorre toda a baía é muito estreita, dificultando bastante o cruzamento de carros.
Curiosamente também circulam autocarros e outros veículos maiores na mesma estrada...
A determinada altura, a "Catarina" levava-nos por uma estrada que não tinha saída na direcção que pretendíamos e que, terminava no mar.
"Óh Catarina, tu estás doida, não vês que por aí não há estrada", disse-lhe eu...
Ela, teimosa...repetia "daqui a trezentos metros vire à direita"
Eu no mapa não via estrada nenhuma, "tu estás doida mulher...aí é o mar..."
A Claudina só se ria...!
Nisto, viro à direita e deparo-me com um pequeno ferry, cheio de carros, à nossa espera...!!!
Digo à "nossa espera" porque um membro da tripulação assim que me vê, chama-me e meto a mota no barco, num pequeno espaço mesmo à medida da africana
A Claudina, entretanto, foi comprar o bilhete...mas havia uma fila de pessoas na bilheteira...e no barco tudo pronto à espera dela...
O tripulante não fez mais nada, foi à bilheteira, agarrou na Claudina pelo braço, passou à frente de toda a gente, pediu-lhe o dinheiro, comprou ele o bilhete, regressaram ao barco e então sim lá fizemos a travessia para a Bielja.
Claro que tive que pedir desculpa à "Catarina" e prometer-lhe que nunca mais duvidava dela...!
A travessia foi curta, cerca de 10 minutos e só as viaturas é que pagavam bilhete.
Nós pagámos 1.5€.
Este foi um dos barcos da travessia.
No outro lado da baía, a estrada era muito mais larga e com melhor piso.
Outra coisa curiosa no Montenegro foi encontrarmos vários carros sem matricula...
Eram cerca das 11:30h quando chegámos à fronteira entre o Montenegro e a Croácia.
Há fila de carros para entrar na Croácia.
Está um calor insuportável... a Claudina abriga-se à sombra mas eu fico na mota a destilar...
As formalidades do costume. Há revista de carros mas a nós, cidadãos europeus, pedem-nos apenas o passaporte e mandam-nos seguir.
Trocámos alguns euros pela moeda local a kuna. A taxa de câmbio na altura era de 1€ por 7.36 kunas.
Continuámos junto à costa e a paisagem manteve a beleza e é paradisíaca.
Apetece ficar...
Eis quando de repente, Dubrovnik à vista...!
Foi amor à primeira vista...ficámos apaixonados por aquela cidade...!
É mesmo impressionante a beleza de Dubrovnik...!
Não é sem razão que lhe chamam "...a pérola do Adriático!"
Tal designação deve-se não só à sua beleza natural mas também pelo que representa para a história.
Logo a seguir à independência da Croácia, em 1991, o exército federal iugoslavo bombardeou a cidade antiga.
Com o fim da guerra, teve início um grande projeto de reconstrução, dirigido pelo governo croata e ajudado pela UNESCO, segundo as técnicas e materiais tradicionais.
As fortes e bem conservadas muralhas de arquitetura medieval da fortaleza de Dubrovnik.
Deixámos a nossa "menina" num parque só para motas, mesmo no centro da cidade e partimos à descoberta de Dubrovnik.
A Torre Lovrijenac na fortaleza.
Entre o século XIV e o ano 1808, Dubrovnik manteve-se independente e chamava-se a Respublica Ragusina, também conhecida como República de Dubrovnik.
A República de Dubrovnik atingiu o auge nos séculos XV e XVI, quando rivalizava em influência e em termos comerciais com a República de Veneza e outras repúblicas maritimas italianas.
A arquitetura medieval, renascentista e barroca, a paisagem do Adriático e os cafés e restaurantes fazem de Dubrovnik um destino turístico singular.
A cidade estava literalmente cheia de gente...!
Em todas as ruas da fortaleza, estreitas, bem ao estilo medieval, encontrávamos pequenas lojas, cafés e restaurantes.
A cidade ferfilhava de actividade turistica e comercial.
Aqui reparo que o euro é largamente aceite em todo o lado e assim que não voltei a trocar dinheiro.
O Paláciio Sponza.
A Fonte Onofrio.
Com o calor que estava, as esplanadas e as suas sombras eram uma benção...
A praça central da fortaleza de Dubrovnik onde está a estátua de Orlando, símbolo de uma cidade livre.
A catedral à esquerda e o Palácio de Sponza ao fundo.
Também aqui várias exposições podiam ser visitadas.
Atravês desta porta entráva-se para o porto velho de Dubrovnik.
O porto tinha também muitos restaurantes e esplanadas cheias de gente.
Acabámos por almoçar num deles.
Comemos uns chocos e um polvo divinais.
A Claudina achou um piadão por terem vindo para a mesa em tachos de esmalte...!
Havia também os habituais barcos de passeio para os turistas.
Outra vista do porto e das suas muralhas.
A cidade velha é realmente encantadora...
Não consigo deixar de tirar fotografias. É do mais bonito que vimos em toda a viagem...
Uma embarcação mais antiga, convertida para passeios turisticos.
Mesmo junto às muralhas, a água era límpida e convidativa para um mergulho.
Vista geral das esplanadas no porto antigo.
Voltando a Placa, na cidade velha, encontrámos uma inscrição alusiva à visita do Papa João Paulo II à cidade.
A Placa divide a cidade antiga em duas.
Saimos de Dubrovnik completamente encantados com a cidade...!
À saida atravessamos uma moderna ponte rodoviária.
As vistas desde a ponte eram mágníficas.
Tanto de um lado como do outro.
A Croácia é um país lindissimo...!
A estrada continuava junto à costa onde vimos também alguns viveiros.
Continuámos viagem a caminho de Split. A estrada era boa e com relativo pouco trânsito o que nos permitiu andar bem.
Quase sem nos apercebermos, deparáamo-nos com a fronteira entre a Croácia e a Bósnia-Herzegóvina.
Nesta fronteira as formalidades estão reduzidas ao mínimo e nem sequer chegámos a mostrar os passaportes.
Tão depressa como entrámos, voltámos a sair. Acho que foi mesmo um recorde!
Em 10 minutos atravessámos um país...
É um daqueles caprichos da geógrafia politica em que um pequeno braço, com acesso ao mar, da Bósnia-Herzegóvina, divide o território croáta.
Continuámos viagem numa estrada que era uma delicia fazer.
Vimos muitas desta "barraquinhas" na estrada onde se vendiam produtos locais.
Mais uma ponte com boas vistas...
Nesta altura, parecia que tinhamos a estrada só para nós...!
Fizemos os dois uma pequena oração de agradecimento...!,
Muitos túneis atravessámos durante toda a viagem.
Na parte final optámos por apanhar uma auto-estrada nova para tentar ganhar algum tempo.
Só que a placa indicava Split, auto-estrada 76km mas a "Catarina" dizia que era o dobro...
Uma vez mais a "miuda" tinha razão, não eram 76km até Split mas sim 76km até apanharmos a dita cuja...
Foi uma confusão...salvámo-nos graças à "Catarina".
Ninguem sabia por onde ir...obras da nova auto-estrada por todo o lado...carros parados no meio da estrada tentando perceber qual o caminho...
Era de tal modo que vimos pessoas com a "barraquinha" montada a vender informações...!!!
Finalmente quando apanhámos a auto-estrada, era ver a "africana", carregada até às orelhas, a "tirar o pó aos carburadores" naquela auto-estrada novinha...!
Como dizia a Claudina, "a africana aproveitou para esticar as pernas... 180km/h... é melhor nem olhar!"
Split já é uma cidade com uma dimensão razoável.
No entanto o Camping Stobrec - Split era um bom camping.
Não tinha piscina mas tinhamos a praia logo junto à tenda.
Para manter a tradição, tomámos banho na praia ao final da tarde...!
Para manter a tradição, tomámos banho na praia ao final da tarde...!
A baía de Split ao entardecer merece a pena ser vista.
Jantámos num restaurante local à beira-mar.
À noite fomos ver um festival local que parecia a feira de S.Mateus, em Elvas, à 30 anos atrás.
Muita gente nova e os excessos da idade. Um rapazola numa motoreta "estica-se ao comprido" mesmo à nossa frente...
Dia 11
Split - Plitvicka Jezera Park - Zagreb
430 km
430 km
Alvorada às 6.30h da manhã.
A baía de Split aquela hora estava lindissima...!
Como sempre, e para meu descanso, a AT "dormiu" ao nosso lado.
A mesma confusão do costume, de manhã, para voltar a pôr tudo nas malas...
Despedimo-nos de Split e fizemo-nos à estrada a caminho, primeiro de Zadar, e depois em direcção a Zagreb.
Passámos ao lado de Zadar e a caminho de Zagreb, visitámos o Nacionalni Park Plitvicka Jesera.
Este parque é uma das joias naturais da Croácia.
O Parque Nacional dos Lagos Plitvice é o maior dos 8 parques nacionais da Croácia.
Depois de comprármos os bilhetes, que não foram nada baratos por sinal - 16€ por pessoa, um pequeno "comboio" levou-nos até à entrada propriamente dita do parque.
Aí escolhemos qual o percurso que pretendemos fazer.
Como o nosso tempo era limitado, escolhemos um percurso de 2...3 horas...a pé!
Mas havia percursos mais longos, para o dia inteiro, 4, 5, 6 horas.
O mal das viagens de mota é que quando paramos temos que levar a tralha às costas...
O parque em si, é uma maravilha...!
Repleto de lagos e cascátas de uma cor deveras bonita.
Toda a envolvente do parque é muito verde e com uma floresta cerrada.
Riachos correm permanente por todo o lado.
Mudando frequentemente o seu curso, de um dia para o outro o parque muda de aspecto.
A água é de uma limpidez impressionante e as plantas aquáticas e os peixes são aos milhares.
Até à data foram catalogadas 1267 espécies diferentes de plantas, sendo 55 endémicas.
Entre elas contam-se também 55 espécies de orquideas.
No que diz respeito à fauna, o seu habitante mais atractivo é o urso.
Mas foram também catalogadas 321 espécies de borboletas, 161 de aves e 21 de morcegos.
Todos os percursos estavam devidamente assinalados e o último tramo foi feito em barco.
Conheço muitos parque nacionais e naturais em Portugal, Espanha e França e este foi, sem dúvida, um dos que mais gostei.
Continuámos viagem e chegámos a Zagreb, a capitál da Croácia, por volta das 17:00h.
À entrada em Zagreb não é particularmente bonita, mas à medida que nos apróximamos do seu centro, a nossa imagem da cidade modifica-se.
Ainda mal tinhamos posto os pés no chão, mesmo ao lado da Catedral de Zagreb, passam dois zagrebinos e fazem um elogio desgarrado à nossa "africana", "the best bike in the world...".
A Claudina nem queria acreditar... não dizia nada mas percebia-se que ela gostava cada vez mais da nossa "motinha"...!
As minha "meninas" aos pés da Catedral de Zabreb.
Pormenor do monumento à entrada da catedral.
A parte histórica da cidade é a principal atração de Zagreb.
Pormenor da fachada e porta da catedral.
O largo da catedral com algumas esplanadas e grupos de turistas.
A Praça Ban Josip Jelačić de onde, a pé, podemos aceder a toda a zona histórica de Zagreb.
Passavam frequentemente os curiosos funicolares da cidade.
Nessa mesma praça está instalada a Embaixada de Portugal.
No verão, a verdadeira animação da praça só começa ao entardecer, quando se enche de gente.
Uma das coisas que me agradou em Zagreb foi a boa disposição e a alegria das pessoas na rua.
Em seguida fomos procurar um hotel na zona central de Zagreb.
A "Catarina" "escolheu-nos" o Hotel Jadran e, pela primeira vez desde que saimos de Coimbra, a "africana" "dormiu" longe de nós, no parque interior do hotel.
Tenho que confessar que fiquei sempre muito mais descansado quando a mota ficou ao nosso lado nos parques de campismo...mas, depois de dormir tantos dias no chão, uma cama é sempre uma cama!
A "Catarina" "escolheu-nos" o Hotel Jadran e, pela primeira vez desde que saimos de Coimbra, a "africana" "dormiu" longe de nós, no parque interior do hotel.
Tenho que confessar que fiquei sempre muito mais descansado quando a mota ficou ao nosso lado nos parques de campismo...mas, depois de dormir tantos dias no chão, uma cama é sempre uma cama!
Jantámos num dos muitos restaurantes da zona.
Havia tanta gente na zona que tivemos que esperar por uma mesa...
Enquanto esperavamos, ouvimos falar português pela primeira vez em 10 dias.
Zagreb - Ljubljana - Veneza - Bolonha
539 km
Como o pequeno-almoço só era servido a partir das 7:00h e não havia tenda para desmontar, dormimos até mais tarde...
Tiramos umas últimas fotografias a Zagreb e arrancámos para Ljubljana.
Como quase a totalidade do trajecto foi feito em auto-estrada, por volta das 8:30h estávamos na fronteira entre a Croácia e a Eslovénia.
Depois de cumpridas as formalidades habituais, foi-nos dito que teriamos que comprar uma vinheta para poder circular nas auto-estradas eslovenas.
Pagámos 7.5€ correspondendo a um periodo de uma semana.
Apesar de só tencionarmos ficar na Eslovénia 1 dia, com essa vinheta foi um descanso e nunca mais tivemos que parar em portagens.
Fazendo devidamente as contas, verificámos que as portagens são incomparávelmente mais baratas na Eslovénia que no resto da Europa.
A Eslovénia também é um país muito bonito, muito verde e montanhoso, em que as povoações parecem estar encaixadas nas encostas.
A Eslovénia também é um país muito bonito, muito verde e montanhoso, em que as povoações parecem estar encaixadas nas encostas.
Chegámos a Ljubljana por volta das 10:00h e a primeira impressão com que ficámos é que é tudo muito limpo, muito arrumado e organizado.
Ao contrário dos outros países onde se viam motas em cima dos passeios e em todo o lado, aqui não.
Nisto vi 2 mulheres polícia e perguntei-lhes onde podia parar a "africana".
Nisto vi 2 mulheres polícia e perguntei-lhes onde podia parar a "africana".
Educadamente indicam-me um local, numa zona pedonal, perpendicular à avenida onde estávamos.
O problema é que em toda a avenida havia duplo traço continuo...
Pergunto-lhes onde posso virar e quando me começam a explicar, depressa desistem...
...falam entre elas em eslóveno e depois uma delas diz-me "it's not legal... I will look in the other way...but it is better for you to cross right here...!".
E assim fiz...entro na dita zona pedonal e encontrei uma zona com bicicletas paradas.
Penséi eu "é já aqui...!". Páreio a mota ao lado das bicicletas mas vi uma das mulheres policia a correr para mim dizendo-me que era um pouco mais à frente porque ali era mesmo só para bicicletas...!!!
Poucos metros mais à frente lá estava a zona de parqueamento das motas...
É simplesmente outra mentalidade...muito diferente da portuguesa...!
Quando regressei, a pé, à avenida principal, encontrei as nossas "amigas" a multarem este carro...
Poucos metros mais à frente lá estava a zona de parqueamento das motas...
É simplesmente outra mentalidade...muito diferente da portuguesa...!
Quando regressei, a pé, à avenida principal, encontrei as nossas "amigas" a multarem este carro...
Tenho que dizer que fiquei muito bem impressionado com a capital eslovena.
As suas gentes e a sua simpatia convidavam a ficar.
Apesar da sua independência recente, são poucos os indícios do passado comunista na cidade.
A arquitectura da cidade contempla uma diversa mistura de estilos e influências.
A ponte Archiduci Francisco Carolo sobre o rio Liublianica, que atravessa Ljubljana.
A cidade tem também uma grande influência austríaca.
Não sei exactamente porquê, mas a cidade inspirava confiança!
É uma cidade amigável e serena com um casco antigo interessante.
A população, maioritariamente jovem, faz com que o ambiente seja animado.
No centro, junto a praça com o nome do poeta nacional, France Prešeren.
A Catedral de S.Nicolau, inaugurada em 1996, quando da visita do Papa João Paulo II.
Uma das suas famosas portas de bronze, onde o Papa João Paulo II aparece representado na parte superior.
Curiosamente, numa das laterais da catedral havia uma mercado de flores, legumes e frutas!
A outra porta de bronze da catedral com vários pápas representados.
Também invulgar é esta pintura por se encontrar na parte exterior da igreja.
Outra vista do mercado...
A Claudina sentia-se em casa...
No estacionamento dos carros, não podiam parar motas...
O Sr.Policia chega, pára a bicicleta, saca do máquina fotográfica, regista a infraçção e passa a multa...organização é com eles...!
Se tivesse que escolher algum país para voltar brevemente seriam, sem dúvida, a Croácia e a Eslovénia.
Seguimos viagem para voltar a entrar em Itália no "topo de bota".
Seguimos viagem para voltar a entrar em Itália no "topo de bota".
A Itália que encontrámos é bem mais verde que a anterior, no sul.
Apesar de termos circulado aqui principalmente em auto-estrada, as paisagens bonitas continuam a aparecer...
Iamos em direcção a Veneza.
Parámos num dos muitos autogrill existentes e, enquanto me afastei por uns momentos, a Claudina teve a sensação que ia ser assaltada por dois tipos que começaram a circunda-la...
Nunca saberemos se sim ou não porque entretanto eu cheguei, a Claudina, assustada, contou-me, eu comecei a "falar alto e grosso" e os individuos despareceram...
A entrada em Veneza faz-se pela Ponte dellà Libertà, uma longa recta, tipo via rápida, com uns candeeiros amarelos ao longo do separador central, que lhe dá uma certa ar...!
Estava um calor insuportável...
Chegámos à Piazzale Roma que é o centro dos transportes rodoviários que dão acesso a Veneza.
Possui um parque de estacionamento de grandes dimensões mas está completamente cheio...
Onde parar a AT...todos os parques para motas que vi estavam de tal forma atulhados que muitos não conseguiriam sair sem ter que esperar...
Fui avisado que, em Veneza, o estacionamento era muito controlado e que nem pensasse em deixar a mota fora dos locais autorizados porque seria multado certamente...
Pergunto numa garagem o preço do estacionamento e respondem-me 9€ por hora...
Já farto de procurar, parei a nossa "menina" onde bem me apeteceu pois preferi arriscar a multa do que pagar quase 30 € aos tipos das garagens...!
Partimos então à descoberta de Veneza.
O nosso objectivo, como o de toda a gente que visita Veneza, é chegar ao Riallto e à Praça de São Marcos.
E para lá chegar, ou se vai de barco...ou é preciso andar!
Atravessámos ruas, ruelas, pontes...um autêntico labirinto!
A primeira impressão com que se fica quando se entra em Veneza e se vêm os canais é que...é bonito...é diferente, mas nada do outro mundo...
Até que se chega ao grande canal...
As famosas gôndolas, o clássico barco veneziano.
A cidade foi construída sobre um conjunto de 118 ilhas, um arquipélago da Lagoa de Veneza, formando cerca de 150 canais.
Foi só no século XX que um aterro permitiu a ligação de Veneza ao continente.
A história da Républica de Veneza é devéras interessante e a sua decadência está, em parte, ligada a nós portuguesas, já que a descoberta do caminho marítimo para a India por Vasco da Gama, desviou as rotas comerciais da cidade.
A fachada da Basílica de São Marcos, na práça com o mesmo nome.
S.Marcos é o patrono da cidade de Veneza.
Muita gente por todo o lado e muitos entretinham-se a alimentar os pombos.
O Palácio Ducal.
A Basilica de S.Marcos ao fundo e o Palácio Ducal à direita.
A Praça de São Marcos é um local amplo e arejado...muito bonito!
Vista da Basílica de Santa Maria della Salute desde a praça de S.Marcos.
Ao fundo San Giorgio Magiori.
Parámos para comprar uns "recuerdos" e o rapaz da loja diz-nos "...é sempre em frente...", apontando uma determinada direcção!
Sempre em frente? naquelas ruas e becos? mas são verdadeiramente um labirinto...
Depois de 45 minutos a andar e em que tentámos seguir aquela direcção, lá chegámos à nossa "africana" que, mais uma vez, nos esperava fiélmente.
Só que desta vez...com uma "medalha ao peito...".
Fomos multados!
Com mota foi a primeira vez...33€ de multa! Podem vir recebe-la em Portugal...
Apesar do muito calor, da muita gente, do cansaço e da multa, Veneza continua a valer uma visita.
A Praça de São Marcos é excepcionalmente bonita.
Deixámos Veneza a caminho de Bolonha.
Parámos numa estação de serviço e conversámos com dois casáis espanhóis, de Barcelona, que vinham em duas "choppers".
A Claudina, para quem o inglês não é o seu ponto forte, tem finalmente mais alguem com quem conversar.
Dá-se áres de heroina e conta as nossas aventuras por terras gregas, macedónias, albanesas, montenegrinas...etc.
As espanholas acham o máximo...!
E, na verdade, ela também. Ao contar tudo aquilo apercebeu-se que tinha mudado. Não se imaginava cápaz e no entanto, lá estava ela a contar a nossa grande viagem!
Ainda nos vimos na estrada mas o seu destino era Ferrara e o nosso Bolonha.
A "Catarina" levou-nos direitinhos ao Camping Città di Bologna e aí ficamos num bom bungalow, inclusivamente com ar condicionado.
Estava a anoitecer quando entrámos na cidade e ficámos desde logo impressionados com a quantidade de monumentos que encontrámos.
De facto, só mesmo em Itália.
As Due Torri são o simbolo da cidade de Bolonha, que na idade média contava com cerca de 70 torres.
A torre maior impressionava pela sua grande altura e pouca largura...
Dia 13
Bolonha - Pisa - Portofino - S.Remo - Mónaco - La Muy
651 km
Alvorada às 7:ooh da manhã.
Fomos tomar o pequeno-almoço em Bolonha e aproveitámos para ver mais um pouco da cidade.
O Palazzo Re Enzo, também conhecido por Palatium Novum.
Fomos tomar o pequeno-almoço em Bolonha e aproveitámos para ver mais um pouco da cidade.
O Palazzo Re Enzo, também conhecido por Palatium Novum.
Foi a prisão do Enzo, filho do imperador Federico II, derrotado pelos bolonheses na batalha de Fossalta em 1249.
O Palazzo D'Accursio, antiga sede da família com o mesmo nome, onde está instalada actualmente a Câmara Municipal.
Construida em 1390 para celebrar a vitória do povo de Bolonha sobre os fiorentinos.
É a sexta maior igreja no mundo e nunca foi completamente acabada.
Pormenor da entrada do Palazzo D'Accursio onde se destaca a estátua do Papa Gregório XIII, o autor da reforma do calendário.
Construida em 1563 é o simbolo do poder papal. Tal como Neptuno dominava as águas, o Papa dominava o mundo.
Pormenor de uma das estátuas da Fonte de Neptuno...
Vista do Palazzo Podestà e da praça da Fonte de Neptuno.
Bolonha é mesmo uma cidade muito interessante que nos surpreendeu pela positiva!
Na verdade é um complexo de igrejas chamado "Santa Jerusalem" já que relembra a Paixão de Cristo.
Impressiona pela altura da sua fachada, quase impossível de fotografar na sua totalidade...
Bolonha, cidade que esteve sob o domíno papal, manteve, em tempos, uma rivalidade importante com a sua vizinha Ferrara, fora desse mesmo domínio.
Talvéz essa seja a razão da grande quantidade de monumentos que encontramos em Bolonha.
De qualquer modo, Bolonha foi mais uma apósta ganha nesta nossa viagem.
Pisa, históricamente, foi uma das Républicas Marítimas.
Chegámos por volta do meio-dia e dirigimo-nos de imediato para a sua famosa torre.
No caminho passámos pelo Palazzo della Carovana ou também chamado Palazzo dei Cavalieri.
Conseguimos arranjar sitio à sombra para a AT e ainda ajudámos um casal inglês, que chegou ao mesmo tempo que nós, com uma Harley.
A Torre de Pisa foi construida para abrigar o sino da catedral, o Duomo.
Quando três dos oito andares estavam prontos, notou-se uma ligeira inclinação, em função de um afundamento do terreno.
Tentou-se compensar a falha fazendo os outros andares um pouco maiores do lado mais baixo, só que a estrutura afundou ainda mais pelo excesso de peso.
Hoje sua inclinação chega a cinco graus e aumentava a uma média de 20 milímetros por ano.
Um trabalho realizado na base que consistiu na injecção de betão, conseguiu diminuir a inclinação em 1,3 centímetro.
Com 56 metros de altura, é actualmente um dos monumentos italianos mais famosos em todo o mundo.
Toda a envolvente deste conjunto monumental é muito verde e cuidada, tornando-se assim muito agradável.
O Battistero di San Giovanni na Piazza dei Miracoli.
É uma catedral medieval, também conhecida como Santa Maria Assunta.
Com um calor de morrer, todas as sombras eram aproveitadas...
Os turístas...muitos auto-retratos tirei eu...
...e só mais uma para a posteridade!
Deixámos Pisa e continuámos, pela costa, a caminho de Portofino.
Portofino foi uma pequena vila de pescadores e é actualmente um "resort" turístico na Riviera Italiana.
A povoação cresceu em torno do seu pequeno porto natural e é considerado um dos mais bonitos portos mediterrânicos.
O porto estava bem composto de bons barcos e yates de recreio...
Outra vista de Portofino.
Nesta zona turística, as auto-estradas parecem a 2ªcircular de Lisboa em hora de ponta...
Quando entrámos em S.Remo, devo ter aberto a boca de admiração, para só a voltar a fechar quando saimos.
Eu nunca vi tanta mota junta...!
San Remo é mais um destino turístico na Riviera Italiana.
O porto de San Remo.
E as ruas da cidade, cheias de lojas, esplanadas e gente.
O que na verdade nos impressionou em San Remo foi a quantidade exorbital de motas por todo o lado...!
Havia ruas e ruas de motas paradas, nos dois lados da rua...
Já para não falar do trânsito...ainda hoje tenho a sensação que se fosse de carro ainda lá estava...!!!
Próxima paragem ... Mónaco.
À medida que nos aproximámos, a vista da cidade do Mónaco era verdadeiramente espectacular.
Só que a porta do camping fomos surpreendidos pr uma tabuleta que dizia "Complete"...!
Um pouco desanimados, fomos à procura de alternativa.
A tarde está quase no fim mas as vistas sobre a cidade do Mónaco dão-nos alento para continuar, apesar dos quase 600km que levámos no "pêlo"...!
Nesse momento tomo uma decisão, deixamos o Mónaco e continuamos para a etápa do dia seguinte.
No primeiro sitio onde encontrármos alojamento, ficamos...!
Entrámos em França, passámos Nice e nada...
Já na auto-estrada, Ferraris por todo o lado, mas os cafés e restaurantes nos "autogrill" fechavam às 10:00h !
Cerca de 50km depois de Nice, a "Catarina" indicou-me que havia um hotel na próxima saída, La Muy.
Saímos da auto-estrada mas, logo na primeira rotunda, vejo uma placa de camping.
Seguimos as placas mas quando chegámos ao portão do Camping les Cigales vemos "Complete"...
Quando me preparava para dar a volta, duas francesas, proprietárias do camping, dirigem-se a nós.
Propoêm-nos, a troco de 15€, montarmos a tenda num terreno à entrada do parque, usufruindo da segurança e dos serviços do mesmo.
Agradecemos e aceitámos de bom grado. Eram 11 horas da noite!
Estávamos nós a montar a tenda quando chega um casal inglês, no belo do seu BMW 535, abre a bagageira e tira a tenda...
Estavam nas mesmas condições que nós mas, desesperados. Tinham estado 5 horas à procura de alojamento...
Escusado será dizer que nessa noite dormimos que nem uma pedra.
Tinha sido um dos dias mais "compridos" de toda a viagem...!!!
Dia 14
La Muy - Andorra
562 km
Só nesse dia seguinte é que percebemos que, no local onde tinhamos montado a tenda, tinham estado cavalos e havia bostas (apesar de secas) por todo o lado.
O pinhal onde estávamos até era agradável mas as duas "charretes" paradas mais acima confirmavam as suspeitas...
O pinhal onde estávamos até era agradável mas as duas "charretes" paradas mais acima confirmavam as suspeitas...
Depois de um belo banho, para tirar o cheiro a cavalo, arrancámos para, segundo os planos iniciais, Tolouse.
Mas, à medida que a manhã avançava, o calor tornou-se insuportável e as auto-estradas francesas ainda mais...
Eu nunca tinha visto nada assim...
O trânsito naquela sexta-feira, 14 de Agosto, era qualquer coisa de indiscritível...
Fiz dezenas de quilómetros entre as filas de carros em auto-estradas com 3 faixas de rodagem...!
Além disso, França foi o único país onde tive problemas em reabastecer. Cheguei a ter que sair da auto-estrada para encontrar um bomba de gasolina.
Os franceses só se entendem eles próprios...
No meio de isto tudo, tomámos uma decisão, abandonámos os planos de Toulouse e apontámos o rumo para os Pirinéus e Andorra.
Deixámos as auto-estradas e pouco a pouco, na zona de Perpignan, a montanha foi aparecendo, o verde tomou conta da paiságem e o ár tornou-se mais fresco.
O meu gosto pela montanha mudou imediatamente a minha disposição e até a "africa" parecia "roncar" de maneira diferente enquanto subiamos a todos aqueles portos de montanha, curva após curva.
Aquelas estradas são um sonho para motas...por isso mesmo vimos dezenas a subir e a descer a montanha.
De facto a Honda Africa Twin XRV 750 é um mota muito boa, segura e fiável!
A subir os Pirinéus, muitos carros, que mais pareciam chaleiras, vimos encostados à berma, tal era a quantidade de fumo que saía dos seus motores...
No manómetro de temperatura da AT, pouca diferença vi...!
A "Catarina" depois dos calores que apanhou por essa Europa fora, também agradeceu a diferença na temperatura.
De facto a Honda Africa Twin XRV 750 é um mota muito boa, segura e fiável!
A subir os Pirinéus, muitos carros, que mais pareciam chaleiras, vimos encostados à berma, tal era a quantidade de fumo que saía dos seus motores...
No manómetro de temperatura da AT, pouca diferença vi...!
A "Catarina" depois dos calores que apanhou por essa Europa fora, também agradeceu a diferença na temperatura.
É que a "pobre coitada", além do sol e calor que apanhava por estar exposta aos elementos, ainda tinha que suportar todo o calor que vinha da zona do motor e radiadores...!
Houve alturas em que, quando a tirava da mota, tinha alguma dificuldade em mantê-la na mão de tão quente que estava...
Depois do calor da manhã, atravessámos dois túneis, com portagem, que mais pareciam congeladores, de tanto frio que estava...!
Na fronteira entre França e Andorra, uma fila enorme de carros esperava para poder entrar em França.
Nós passámos quase sem parar.
É já ao final da tarde que, perto da Cidade Velha de Andorra, encontrámos um hotel simpático com vista para a montanha.
Como já era tarde, optámos por jantar no hotel e muito bem, por sinal.
Curiosamente, a grande maioria das empregadas são portuguesas e espanholas (galegas), pelo que as conversas foram sempre em português!
Dia 15
Andorra - Burgos
595 km
Alvorada novamente às 7:ooh.
A vista do nosso quarto era espectacular. Tudo tão verde e fresco...
Esta parte dos Pirinéus, que não conheciamos, também é muito bonita.
Fomos buscar a "africana" à garágem e em seguida fomos conhecer e passear um pouco em Andorra.
A cidade velha de Andorra é uma cidade muito simpática, mas, como toda a gente sabe, a sua grande atracção é o comércio.
Antes isolado, o principado é hoje um país próspero principalmente devido ao crescimento do turismo e pelo seu "status" de paraiso fiscal.
Felizmente iamos de mota...porque, só na parte que me toca, as muitas lojas de artigos para mota e acessórios, são uma verdadeira tentação.
Chegamos à fronteira entre Andorra e Espanha e quando parámos não é que a "africana" se quer deitar...?!?
Num pequeno desnível no terreno, a mota inclina-se mais do que a conta e eu, já no limite das minhas forças, estou a ver que não a consigo aguentar...
A Claudina põe um pé no chão e ainda piora as coisas...
Grito à Claudina para que tire o peso dela de cima da mota e foi com alívio que noto que a mota se endireita quase sózinha e sem esforço...!
Eu já estava a ver-nos ali todos esparramados, mesmo no meio da alfândega...que cêna!
Foi a única vez que me vi quase no chão...e logo parádos...!
Passámos na alfândega sem problemas e entrámos em Espanha.
Nos quilómetros seguintes, encontrámos uma das estradas mais controladas por rádares de toda a viagem.
Algum tempo depois entrámos na auto-estrada, a mesma que fizemos a caminho de Barcelona, só que desta vez, em sentido inverso.
Esta auto-estrada tem um pormenor curioso que é o de atravessar o Meridiano de Greenwich.
O local está assinalado por placas e um arco no local exacto.
O meridiano de Greenwich é o meridiano que divide a Terra em dois hemisférios, o ocidental e o oriental.
A determinada altura, tinhamos que parar quase de hora a hora, para refrescar...!
Numa dessas paragens, nós que pensávamos que já tinhamos visto tudo...
Encontrámos isto: um casal espanhol que viajava de mota...com um cão!!!
Mas quando se prepararam para sair e pegam no cão e o põe dentro do saco de depósito especial... eu nem queria acreditar...
Ela explicou-me...em cidade, o saco tem uma abertura para o cão meter a cabeça de fora, mas em estrada vai todo metido lá dentro.
Ela explicou-me...em cidade, o saco tem uma abertura para o cão meter a cabeça de fora, mas em estrada vai todo metido lá dentro.
Rimo-nos e eu só pensei...esta gente é doida...!
Ainda nos encontrámos noutras parágens, mas eu ia num ritmo algo mais elevado e acabámos por nos separar já perto de Burgos.
Chegámos a Burgos por volta das 17:00h e ficámos no Camping Fuentes Blancas.
Montámos a tenda pela última vez nesta viagem e partimos à descoberta de Burgos.
A maior atracção tuística da cidade é a sua catedral e claro que a "Catarina" nos levou quase até à sua porta.
O Arco de Santa Maria.
É pena a catedral estar tão "encaixada" na cidade porque desta forma, é difícil apreciar toda a sua grandiosidade e beleza.
A sua construção iniciou-se em 1221, segundo os padrões góticos franceses.
A catedral só foi terminada em 126o.
A Plaza del Rey San Fernando com as suas esplanadas.
Outra vista da catedral. Este templo católico está dedicado Virgem Maria.
Olhem só o ar satisfeito dela...
Aqui está também a Fuente de Santa Maria.
Burgos foi mais uma "marca no cinto" da Claudina, cidade que ela também há muito queria conhecer.
Artistas de rua vimos por toda essa Europa mas, a Avé Maria de Schubert, cantada e tocada desta forma só mesmo aqui.
A nave do Arco de Santa Maria tem umas condições acústicas que proporcionaram um espectaculo de grande qualidade.
As ruas à volta da Plaza del Rey San Fernando e da Plaza Mayor estavam cheias de bares onde se comiam tapas de todo o tipo.
Nesta zona, as esplanadas e passeios, ao longo do Rio Arlanzón, estavam cheios de gente, embora aqui fosse maioritariamente "gente mayor".
Já algo tarde, quando regressávamos ao camping, numa das avenidas de Burgos pára ao meu lado um distribuidor de pizzas na sua Husquevarna 450, que me diz "Então boa noite...!".
Era um português que quando viu a minha matricula portuguesa, resolveu vir atrás de mim para me cumprimentar.
Falámos um pouco, num semáforo, e depois lá arrancou ele em "cavalo"...!
Dia 16
Burgos - Tordesilhas - Coimbra
556 km
Alvorada às 8:00h.
No último dia da nossa viagem estávamos preguiçosos...
Pela última vez, sentei-me em cima das malas pois esta era a única maneira de as conseguir fechar.
Só saimos de Burgos por volta das 10:00h da manhã.
Decidimos não parar em Salamanca, cidade que já conhecemos bem, e optámos por visitar Tordesillas, cidade do célebre tratado entre Portugal e Espanha.
Esta é a sua Plaza Mayor.
Aqui o Museu de San Antolín.
Pormenor do seu interior.
E aqui uma placa alusiva à inauguração das Casas del Tratado pelos Reis de Espanha e o Presidente de Portugal na altura.
A entrada para as Casas del Tratado.
Ilustração alusiva ao Tratado de Tordesilhas.
Pormenor do seu interior.
O Tratado de Tordesilhas foi um celebrado entre o Reino de Portugal e o recém-formado Reino de Espanha.
Nele se dividiam as terras "descobertas e por descobrir" fora da Europa por ambas as Coroas.
A Claudina delira com estas coisas e eu, na verdade, não posso dizer que não gosto...
A Claudina delira com estas coisas e eu, na verdade, não posso dizer que não gosto...
Foi com alguma emoção que pisámos solo português novamente...
4 comentários:
Excelente, a todos os títulos. Quando encontrar tempo para uma coisa deste tipo, já sei a quem recorrer... Abraço, AT :)
Parabens família Mateus!
Pela excelente viagem, pelo casal que são e pela mota que teem!:):)
Um abraço
Nunes (forum AT)
Que inveja!!!! Quando eu for grande também vou fazer uma loucura dessas!
Parabéns pela aventura.
Teresa
Simplesmente fantástico!! e retratam na perfeição a viagem...que inveja, espero no proximo ano conseguir fazer algo semelhante.
Obrigado pela partilha
Vasco Espinheiro
Coimbra
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